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SUSPEITO DE DESVIAR UM MILHÃO DO BANIF

O Ministério Público do Funchal acaba de acusar, no inquérito nº 185/10.8JAFUN, um funcionário da agência do Banif, no sítio da Santa, no Porto Moniz, o qual, por meio de crimes de falsificações de documentação bancária variada, abusos de confiança e burlas simples e qualificadas, ter-se-á apoderado de mais de um milhão de euros de diversas contas à ordem, a prazo, aplicações financeiras e em contas off-shore.
O mesmo arguido foi ainda acusado, juntamente com outros três, que são seus familiares, em co-autoria, de um crime de branqueamento, consubstanciado na ocultação e conversão das vantagens ilícitas.
O alegado desvio de mais de 15 contas foi descoberto há três anos, no âmbito de uma inspecção interna. “São coisas que acontecem em todas as empresas”, disse, na altura, Machado de Andrade, administrador do Banif, garantindo que “os clientes podiam estar descansados porque o banco vai respeitar todos os depósitos”.
Porto Moniz é um dos concelhos no norte da ilha da Madeira, a pouco mais de 45 minutos do Funchal e com cerca de 2.700 habitantes, mas com uma grande influência na emigração. A maior parte dos clientes são emigrantes, mas na sequência deste caso o Banif restituiu os valores a todos os queixosos e empreendeu um processo disciplinar ao funcionário, o qual, entretanto, acabou por demitir-se.
Este foi o segundo caso de irregularidades registado na instituição bancária nos últimos seis anos. Um outro processo envolveu o ex-gerente do balcão da Nazaré, na freguesia de São Martinho, no Funchal, que foi acusado pelo Ministério Público dos crimes de abuso de confiança e falsificação de documento.
O Banco Internacional do Funchal (Banif) recebeu recentemente uma injecção estatal de 1,1 mil milhões de euros. BIGNEWSvp

 

 

MIGUEL MACEDO FOI A CABO VERDE ENTREGAR ARMAS E MUNIÇÕES

Mesmo em tempo de crise, com os cortes orçamentais e tudo o que isso implica, o ministério da Administração Interna não quis deixar de “honrar” os seus compromissos e, por isso, há cerca de um mês, o ministro Miguel Macedo, acompanhado do Director Nacional da PSP, Superintendente Paulo Gomes, foi a Cabo Verde entregar 500 armas e 750 munições à Polícia Nacional daquele país, no âmbito das relações institucionais entre as duas forças de segurança.
“O momento mais esperado por todos foi a entrega pelo Director da PSP, de cerca de 500 armas e 750 munições à PN”, lê-se num comunicado da Polícia Nacional de Cabo Verde a propósito da visita do ministro da Administração Interna português e do Superintendente Paulo Gomes, que foram recebidos “de forma muito calorosa”. Pudera!
Miguel Macedo e Paulo Gomes, bem como a respectiva comitiva, visitaram as instalações da Direcção Nacional da Polícia Nacional (PN), na cidade da Praia, inteirando-se do actual estado de funcionamento da instituição policial, assim como dos avanços alcançados.

O Director Nacional da Polícia Nacional cabo-verdiana, o Superintendente geral João Domingos de Pina começou por apresentar de forma detalhada ao ministro, a Instituição Polícia Nacional em todos os aspectos relativos à sua organização e funcionamento. De seguida, houve a apresentação do Sistema PASSE (Passagem Automática e Segura) da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras. Miguel Macedo “demonstrou a sua satisfação com o que viu porque pensa que a PN está dotada de todas as condições para garantir a segurança interna do país, assim como a segurança de todos os cidadãos cabo-verdianos”. Contudo, o ministro da Administração Interna português “mostrou-se aberto a continuar a apoiar a Polícia Nacional nas áreas onde existam limitações”.
O ministro Miguel Macedo fez ainda uma visita ao Centro Nacional de Formação da PN, onde foi feita a apresentação dos serviços, tendo-se seguido uma visita guiada às instalações. Miguel Macedo ficou também a conhecer os novos agentes da PN que estão a ser formados naquela escola. Assistiu, ainda, a uma demonstração das técnicas de resgate de reféns levada a cabo pelo grupo de acção tácticas do Corpo de Intervenção.

No final, Miguel Macedo explicou que uma das razões desta visita oficial a Cabo Verde “é a materialização de dois dos aspectos que tinham ficado expressos na cimeira entre os dois países que ocorreu no ano passado, ou seja, a actualização e melhoramento do Sistema PASSE e a entrega de armas e munições à Polícia Nacional”
Durante a sua intervenção, Miguel Macedo realçou a importância das relações de cooperação entre os dois países, ao nível da segurança. “Há hoje em dia, ameaças diferentes de outrora, que só podem ser vencidas com capacidade de serviços de informação, com articulação entre as forças de segurança e com cooperação internacional entre os países e as forças de segurança”, afirmou.
Em Cabo Verde, a Polícia Nacional detém as áreas da Ordem Pública, Guarda Fiscal, Polícia Marítima, Direcção de Estrangeiros e Fronteiras e Polícia Florestal e Ambiental.
No ano passado, a PN cabo verdiana registou em todo o país um total de 24.444 crimes, sendo 13.156 contra as pessoas e 11.288 contra a propriedade, um aumento de 10,35% relativamente a 2011. BIGNEWSvp

 

"FRAGILIDADES" NA SEGURANÇA DO CAMPUS DE JUSTIÇA PREOCUPA MP

 
Um relatório da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa do Ministério Público alerta para as “fragilidades” na segurança no Campus de Justiça, onde foram concentrados todos os DIAPs (Departamentos de Investigação e Acção Penal) na área do Distrito Judicial da capital do País. “Na generalidade do Campus assinalam-se fragilidades na segurança, em particular no que refere à acessibilidade ao interior dos espaços, através do supermercado “El Corte Inglés”, refere o relatório da procuradora-geral distrital Francisca Van Dunem.
O Campus de Justiça foi inaugurado em Julho de 2009 e custa ao Ministério da Justiça mais 10 milhões de euros em rendas e condomínio do que as anteriores instalações, a maioria das quais alugadas. Isto foi mesmo admitido pelo Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIJ), na explicação das contas de 2009. Nesse ano estavam previstos para a locação de edifícios 5,6 milhões de euros, tendo a despesa real obrigado a uma correcção no orçamento. No final do ano gastaram-se mais de 16,3 milhões, a maioria dos quais atribuídas a despesas com rendas no Campus de Justiça, segundo revelou, então, o jornal “Público”. Já o “Diário de Notícias” de Setembro de 2011 avançava que o Ministério Público estava a investigar desde 2010 o contrato feito dois anos antes pelo Ministério da Justiça para o arrendamento de 11 edifícios do Campus de Justiça de Lisboa
O próprio Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) teria confirmado à agência Lusa que estava pendente um inquérito-crime sobre um contrato de arrendamento celebrado entre o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIJ) e a empresa de gestão imobiliária Norfin. Da notícia, avançada então pelo semanário “Sol”, sob o título "Campus investigado pelo MP -- negócio de Governo de Sócrates sob suspeita de participação económica em negócio", nada mais foi conhecido. Soube-se, apenas, que a propósito do contrato de arrendamento dos edifícios que compõem o Campus de Justiça de Lisboa, o IGFIJ, veio negar que este custe ao Estado mais dez milhões de euros do que o pago pelas anteriores instalações, adiantando que o montante global de rendas foi de 12,3 milhões de euros, em 2010. Segundo o mesmo Instituto, o valor das rendas pagas anteriormente pelo Ministério da Justiça, cujos contratos foram rescindidos devido à mudança dos serviços para o Campus de Justiça, era de cerca de 7,7 milhões de euros.

Francisca Van Dunem
Voltando ao relatório da procuradora-geral distrital de Lisboa fica-se a saber que também as condições de trabalho do Ministério Público (MP) no Tribunal da Relação de Lisboa e a existência de um contentor que alberga magistrados em Vila Franca de Xira não constituem a melhor imagem para o MP.

“Verdadeiramente críticas são as condições de trabalho do Ministério Público no Tribunal da Relação de Lisboa, onde os gabinetes são partilhados por quatro magistrados e em Vila Franca de Xira, onde se mantém serviços em funcionamento num gigantesco contentor, instalado no jardim do tribunal”, diz a procuradora no relatório.
Não obstante e, de acordo com o mesmo relatório, a procuradora-geral distrital de Lisboa reconhece que “independentemente da adequação – discutível em alguns casos – a generalidade dos serviços do Ministério Público do Distrito está instalada em Tribunais com um mínimo de condições de funcionamento e dignidade”.
Para além dos tradicionais Palácios de Justiça, há um conjunto de equipamentos modernos, dos anos 80 e 90, construídos de raiz para albergarem tribunais.
Loures, Almada, Barreiro, Cascais, são disso exemplo. Mais recente, ainda, o Tribunal de Sintra, na sua mastodôntica volumetria, é simbólico da reconstituição do parque judiciário operado nos últimos anos. Torres Vedras, Oeiras e Caldas da Rainha foram, por sua vez, alvo de obras de beneficiação.
Porém, sublinha, “nas Varas Criminais, persistem as dificuldades associadas à menor correspondência da organização dos espaços com as necessidades de um tribunal de grande instância criminal da cidade capital do País”, nomeadamente a níveis de “dimensão e colocação do equipamento nas salas de audiência e deslocação de presos da zona prisional para as salas de audiência”. BIGNEWSvp
 

MINISTÉRIO PÚBLICO PREOCUPADO COM ATRASOS NAS PERÍCIAS

 

O Ministério Público no Distrito Judicial de Lisboa manifesta num relatório grande preocupação pelos atrasos nas perícias solicitadas à Polícia Científica, o que, segundo a procuradora-geral distrital, a magistrada Francisca Van Dunem, tem vindo a gerar “pesados constrangimentos na tramitação dos inquéritos”.

Em Dezembro, por exemplo, os serviços de apoio do Ministério Público no Distrito Judicial de Lisboa contabilizavam 19.139 inquéritos a aguardar cumprimento.

Já o director do Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária (PJ) afirma que “os resultados das perícias são muito mais céleres do que há três ou quatro anos”. “Há casos em que se consegue ter um exame pronto ao fim de 48 horas ou mesmo de 15 dias”, assegurou Carlos Farinha, coordenador-superior de Investigação Criminal, que está a liderar a Polícia Científica desde Abril de 2009.

Os exames de escrita manual são os que mais "dores de cabeça" dão aos peritos forenses do Laboratório de Polícia Científica da PJ. "Se na droga e na balística, por exemplo, temos resultados excelentes, no caso de análise de escrita manual, temos muitos atrasos", não deixa, porém, de reconhecer o responsável, em declarações feitas ao “Diário de Notícias” a propósito de atrasos periciais genéricos.

Carlos Farinha, director do CSI

Recorda, no entanto, que houve “uma melhoria desde há três anos”. As análises toxicológicas (veneno num cadáver, por exemplo), as documentais e as análises químicas (como decifrar a composição de um spray) são as perícias resolvidas mais rapidamente.

A verdade é que Francisca Van Dunem no relatório onde faz o balanço de 2012 na área do Distrito Judicial de Lisboa lamenta que, “as perícias, em particular as realizadas pelos serviços da Polícia Judiciária, registam atrasos que geram pesados constrangimentos na tramitação dos inquéritos”.

As queixas da procuradora-geral distrital estendem-se, também, ao segmento informático. “Os tempos de espera são não só desmesurados como totalmente incompatíveis com os prazos de duração máxima dos inquéritos”, diz Francisca Van Dunem, segundo a qual “a omnipresença das tecnologias de comunicação e informação na vida quotidiana veio determinar o recurso sistemático à intervenção pericial no esclarecimento do crime, quase independentemente da respectiva etiologia. Da honra ao sangue, tudo passa hoje pelas novas tecnologias”.

E o relatório recorda que, num dos casos mais mediatizados de crime violento dos últimos anos, o homicídio do proprietário da boite “O Avião”, a investigação que conduziu à descoberta da autoria baseou-se em perícias tecnológicas, já que o crime foi executado com grande sofisticação, através da explosão de uma bomba accionada a partir de um telemóvel”.

Procuradora-Geral Distrital de Lisboa
“Sendo certo que a crise que o país atravessa não facilita a identificação fácil de soluções compatíveis com a exiguidade dos recursos financeiros disponíveis, menos certo não é que se mostra imperioso encontrar soluções que, no mínimo, minorem as dificuldades vividas no quotidiano por quem quer exercer funções com dedicação”, conclui a procuradora-geral distrital.

A MISSÃO DO CSI PORTUGUÊS

Pesquisar, recolher, tratar, registar vestígios e realizar perícias nos diversos domínios das ciências forenses, nomeadamente da balística, biologia, documentos, escrita manual, física, lofoscopia, química e toxicologia, constituem algumas das atribuições do Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária.

Implementar novos tipos de perícia e desenvolver as existentes, bem como divulgar a informação técnico-científica que se revele pertinente perante novos cenários de criminalidade e emitir pareceres e prestar assessoria técnico-científica no domínio das suas competências em ciências forenses, são outras das muitas responsabilidades do CSI português.

Ao Laboratório de Polícia Científica compete, também, implementar um sistema de gestão para a qualidade e para as actividades administrativas e técnicas, assim como assegurar a participação técnica e científica da PJ, em matéria de ciências forenses, nas diferentes instâncias nacionais, comunitárias e internacionais. BIGNEWSvp

 

 

DUAS OFICIAIS DE JUSTIÇA REFORMADAS VIRAM VOLUNTÁRIAS NOS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CASCAIS

Tribunal Judicial de Cascais
Nos serviços do Ministério Público na área do Distrito Judicial de Lisboa há falta de oficiais de justiça e, em Cascais, há mesmo uma situação singular: duas oficiais de justiça que atingiram a reforma, continuaram a exercer funções, em regime de voluntariado, para impedir o descalabro das secções em que haviam prestado serviço.
A revelação é feita num relatório da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, que justifica a sua menção para ilustrar o que está a acontecer no conjunto dos diversos tribunais e serviços do Ministério Público do Distrito.
De acordo com o mesmo relatório, assinado pela procuradora-geral distrital de Lisboa, a magistrada Francisca Van Dunem, “os quadros de oficiais de justiça do Ministério Público no conjunto dos diversos Tribunais e Serviços do Distrito somam 604 efectivos”.
“Porém, desde que contem com mais do que uma unidade, os quadros locais nunca são integralmente preenchidos, excepção feita para Loures em que há muito se tornou explícito que, à expansão do território da Comarca, não correspondeu a adequação do respectivo quadro. Mesmo com o quadro preenchido, os Valores de Referência Processual dos oficiais de justiça de Loures suplantam, largamente, a generalidade das comarcas”, lê-se no documento.
O ano passado, à semelhança de 2011, foi marcado por uma enorme vaga de reformas de oficiais de justiça, o que, associado à inexistência de novas admissões, “tornou particularmente penosas as condições de trabalho e arrisca-se a pôr em causa os padrões de resposta, muito positivos, que tinham sido entretanto alcançados”.
O Distrito Judicial de Lisboa integra 40 comarcas, agrupadas em 12 círculos judiciais e na nova comarca de Grande Lisboa Noroeste. Abrange 3 milhões e 400 mil habitantes.
Na perspectiva do movimento processual, integra duas Super Comarcas (Lisboa e Grande Lisboa Noroeste, com entradas de inquéritos na ordem dos 72 mil e 35 mil anuais, respectivamente), podendo agrupar-se, as demais, em Comarcas de Grande Dimensão (com entradas superiores aos 9 mil inquéritos), Comarcas de Dimensão Média (com entradas anuais de inquéritos iguais ou superiores a 5 mil inquéritos) e Comarcas de Pequena Dimensão (com entradas anuais inferiores a 5 mil inquéritos).
Entre as grandes comarcas conta-se Loures (com mais de 14 mil entradas anuais); Cascais (com mais de 11 entradas anuais); Almada e Seixal (ambas mais de 9 mil entradas anuais). Na dimensão média alta situam-se Oeiras, Funchal, Vila Franca de Xira e Ponta Delgada (a primeira com entradas na ordem dos 7 mil, as duas intermédias na casa dos 6 mil e a última a rondar os cinco mil); entre as de pequena dimensão, assumem proporções já relevantes o Barreiro, a Moita e o Montijo (as duas primeiras com entradas próximas dos 5 mil e a última com 4 mil), Torres Vedras (com perto de 4 mil) e Caldas da Rainha (com 3 mil). BIGNEWSvp
 

MAIS DE 70% DOS PROCESSOS ARQUIVADOS NO DISTRITO JUDICIAL DE LISBOA

 

  O Ministério Público no Distrito Judicial de Lisboa arquivou 79,8% dos processos findos no primeiro trimestre deste ano, tendo apenas exercido acção penal em 20,2%. Ao todo, incluindo inquéritos que transitaram do ano passado, ascendeu a 12.203 o número de inquéritos movimentados nestes primeiros três meses do ano.






Segundo dados divulgados pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, foram finalizados 56.639 inquéritos, com 43.989 com decisão de arquivamento, 2.995 com suspensão provisória e 501 a seguirem com acusação para tribunais colectivos e 3.244 para singulares. O número de processos abreviados foi de 642, de sumaríssimos 976 e sumário 2.014.

Ainda de acordo com o Ministério Público, das 13 circunscrições que constituem o Distrito Judicial de Lisboa oito atingiram o nível de 60% pretendido e duas rondam os 59%.

Francisca Van Dunem

”Os resultados traduzem inequivocamente o notável trabalho desenvolvido pelos magistrados do Ministério Público do Distrito Judicial de Lisboa”, defende a Procuradora-Geral Distrital, a magistrada Francisca Van Dunem.

Relativamente a processos iniciados no primeiro trimestre eles cifram-se em 53.377, dos 23.811 contra desconhecidos, “o que implica uma maior carga de serviços por cada 100 processos novos entrados”.

Já a nível de inquéritos pendentes o número situa-se nos 62.464, dos quais 15.741 estão actualmente a cargo dos Orgãos de Polícia Criminal (OPC), com 4.392 deles há mais de 8 meses e 11.349 há menos de oito meses. Por sua vez, nos serviços do Ministério Público estão 46.723, com 21.586 há mais de oito meses e 25.137 há menos de oito.

Mas há boas notícias no Distrito Judicial de Lisboa. É que a maioria dos crimes diminuíram, comparativamente com estatísticas do ano passado. A corrupção e crimes afins foi dos que registou maior descida, com 59,2%, seguindo-se-lhe os crimes contra deficientes em 91,6%. a criminalidade ligada à violência sobre idosos em 29,6%; os crimes associados às drogas em 23,3% a criminalidade contra crianças (que não de natureza sexual) em 15%; a violência doméstica em 4,4% e os crimes de “coacção e resistência” sobre funcionário em 1,4%.

Subiram os crimes contra profissionais de saúde

Em contrapartida, registaram-se aumentos significativos na criminalidade contra profissionais de saúde, que subiu 171%; a violência relacionada com a comunidade escolar que também cresceu 59%; e, finalmente, as infracções rodoviárias em 11,7%.

 

OS NÚMEROS: O QUE DESCEU E SUBIU

No capítulo dos crimes que registaram descida, foram instaurados 81 inquéritos na área da corrupção e crimes afins; 2 respeitantes a violência contra deficientes; 19 por violência contra idosos; 736 inquéritos relativos a crimes de droga; 84 casos de crimes contra crianças (que não de natureza sexual); 2.441 casos de violência doméstica; 192 inquéritos relativos a crimes de coacção e resistência sobre funcionário;
Foram instaurados 81 inquéritos por corrupção

Quanto aos crimes que registaram subidas foram instaurados 198 inquéritos relacionados com crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores; 3 inquéritos no âmbito da violência contra os profissionais de saúde; 77 na área da violência na comunidade escolar e 3.477 relativos a infracções rodoviárias. BIGNEWSvp

 


PJs  FERIDOS COM GRAVIDADE EM 2012 “BATEM” OUTRAS POLÍCIAS

A Polícia Judiciária (PJ) foi a que registou, entre as forças e serviços de segurança portugueses, o maior número de efectivos feridos em serviço que, em 2012, tiveram necessidade de internamento hospitalar.

Seis efectivos da polícia portuguesa de investigação criminal tiveram que ser hospitalizados em diversas unidades de saúde, na sequência de agressões ou acidentes em serviço.
A PSP e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) são as polícias que surgem em segundo lugar, com dois efectivos, cada uma, feridos em serviço e que tiveram que ser hospitalizados. Em terceiro lugar surge a GNR com um único ferido.
Já no âmbito de feridos sem internamento, a PSP é a força de segurança pública que registou maior número: 169. Seguiu-se-lhe a GNR com 157 militares, a PJ com 64 inspectores e o SEF com seis. A Polícia Marítima registou um ferido sem necessidade de internamento hospitalar.
Também no capítulo de polícias feridos, que não tiveram necessidade de tratamento, a PSP volta a liderar, com 252 feridos, seguida da GNR com 105, da PJ e da Polícia Marítima, ambas com cinco efectivos feridos.
A ter fé no Relatório Anual de Segurança Interna de 2012, a PSP foi a única força de segurança que registou um morto em serviço.
Contas feitas, no ano passado, um polícia morreu em serviço, 11 ficaram feridos com necessidade de internamento hospitalar, 397 outros receberam apenas tratamentos e 367 não careceram de tratamento médico. No total, foram 775 os polícias alvo de ataques violentos.
 
“CADA VEZ MAIS COMUNS”
Preocupada com o aumento das agressões a agentes de autoridade está a





Paulo Rodrigues
Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos sindicatos e associações profissionais das forças e serviços de segurança que defende mais protecção para os polícias e punição para os infractores.

O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse que a violência das agressões em serviço são cada vez mais comuns nas várias forças e serviços de segurança, sendo por isso, necessário alterar a lei.
Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), considerou que “é necessário que o Governo perceba que as agressões aos profissionais das forças e serviços de segurança são também uma agressão à autoridade do Estado”. BIGNEWSvp

ESFAQUEADO NO PARQUE INFANTIL

Parque de Polima
 
 
Um homem, LMB, 42 anos, foi esfaqueado sábado passado, dia 20, por um dos membros de um grupo de jovens alcoolizados que ensaiou uma série de conflitos com crianças de 10 anos, que brincavam no Parque Natura de Outeiro de Polima, em S. Domingos de Rana, Cascais.
Roupa manchada de sangue
LMB encontrava-se no parque com o filho, que fazia anos, e um amigo, quando interveio para advertir um grupo de jovens que estava a provocar crianças que jogavam à bola no parque. Levou uma facada nas costas que só por milímetros não lhe perfurou um dos pulmões.
Na sua página do Facebook, LMB escreveu: “(…) fui esfaqueado em pleno parque infantil do Outeiro de Polima quando tentava impedir que um grupo de indivíduos se travasse de razões com miúdos de 10 que se divertiam a jogar à bola. Depois de terem estado durante toda a tarde a consumir álcool e a fumar droga em pleno parque infantil à vista de todos (e sim, a PSP foi contactada) este grupo de pessoas que não reside no bairro, mas faz dele seu poiso habitual, decidiu estragar a tarde de todos...e por pouco a minha vida”.
Na mensagem, LMB apela aos responsáveis autárquicos, sobretudo à Câmara Municipal de Cascais, que diligencie policiamento para estes espaços que deveriam e são de lazer, mas que acabam por ser frequentados por grupos que não respeitam as mais elementares regras de viver em sociedade, colocando em risco a integridade de crianças e adultos. BIGNEWSvp

 

DESFEITOS EM CÁCERES ENTREPOSTOS DE DROGA QUE FORNECIAM ESPANHÓIS E PORTUGUESES











PORTALEGRE (Delegado Bignewsvp)  - Dez pequenos entrepostos de drogas duras e leves, que forneciam toxicodependentes espanhóis e portugueses junto à Estremadura, foram hoje desmantelados pela Polícia Judicial de Cáceres (Espanha), a 112 quilómetros da cidade fronteiriça de Elvas.
Treze pessoas foram detidas pelos agentes que, com sucesso, realizaram 10 buscas domiciliárias, durante as quais foram confiscadas 6480 doses de heroína, 1445 de coca, 103 gramas de marijuana, oito armas de fogo e cinco brancas, três veículos de alta cilindrada e um motociclo, além de quase 28 mil euros em numerário.
Todos os suspeitos detidos nesta ofensiva são de nacionalidade espanhola e embora dirigissem entrepostos de venda de drogas autónomos, actuariam de forma organizada e com ligações entre si.
Na operação, à qual foi dado o nome de código “Camochos”, participaram cerca de 90 efectivos policiais, apoiados por binómios antidroga e por agentes das polícias locais de Plasencia e Cabezuela del Valle.
A investigação, que agora culminou no desmantelamento dos entrepostos de fornecimentos de drogas, vinha sendo desenvolvida desde Dezembro do ano passado, mas só agora foi teve o seu epílogo pela necessidade de recolha de elementos probatórios ao longo dos últimos meses.
Os entrepostos, bastante concorridos, forneciam clientes espanhóis e portugueses, estes últimos sobretudo oriundos da região de Elvas, os quais deslocar-se-iam uma vez por semana a Espanha para abastecer-se. Apesar da investigação nada ter revelado a propósito, é muito provável que alguns portugueses trouxessem as drogas em pequenas quantidades para proceder posteriormente à sua distribuição junto de outros toxicodependentes no distrito de Portalegre. BIGNEWSvp.

ASSALTOS A VIGILANTES DE TRANSPORTES DE VALORES RENDEM 1,3 MILHÕES

Blindado da Esegur atacado no Norte (Foto JN)
Cerca de 1,3 milhões de euros foram roubados no ano passado em 26 assaltos armados a vigilantes de transportes de valores - cerca de 70% dos quais registados nos distritos de Lisboa e Porto.
Em 30% os ataques foram protagonizados por dois ou três assaltantes. Apenas em 21,7% participaram quatro pessoas e em 17,4% apenas um assaltante.
A arma de fogo é, em 95,7%, o meio de coacção mais utilizado pelos assaltantes que, em regra, actuam encapuzados e em 72,7% utilizam o veículo ligeiro como meio de fuga. São poucos, cerca de 13,6%, os que optam pela fuga apeada e 9,1% aqueles que recorrem ao motociclo.
Os dados recolhidos pelas autoridades policiais indicam, ainda, que os ataques são praticados, maioritariamente, entre as 7 e as 19 horas, mas com especial frequência no período matinal.
A investigação relacionada com estes assaltos está a cargo da Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, antiga Direcção Central de Combate ao Banditismo que, no ano passado, deteve mais de duas dezenas de suspeitos, muitos deles a operarem em grupos organizados.
A grande maioria dos assaltos têm por alvo os vigilantes, no momento em que transportam os valores no exterior das respectivas carrinhas.
No entanto, nos últimos 30 anos, o nosso País foi cenário de duas operações espectaculares de ataque a veículos de transporte de valores, sobretudo pelos montantes roubados.
Em princípios dos anos 80 foi o assalto à carrinha do Grupo 8, levado a cabo no Marquês de Pombal, em Lisboa, por um grupo de operacionais das então Forças Populares-25 de Abril (FP25). Foram roubados 106 mil contos.
2,5 milhões "voaram" deste blindado em 2008 (Foto CM)
Mais recentemente, em Agosto de 2008, foi a vez de um grupo organizado de cinco homens encapuzados e fortemente armados atacarem em plena A2, perto de Aljustrel um blindado da Prosegur, que transportava 2,5 milhões de euros destinados a abastecer os ATM no Algarve.
Depois de obrigarem o condutor a parar o blindado, que foi bloqueado por três veículos de alta cilindrada, os assaltantes dispararam várias rajadas de armas automáticas, agrediram um dos vigilantes e com explosivos militares estoiraram as portas que davam acesso ao dinheiro.
Suspeita-se que este audacioso e violento ataque, jamais visto em Portugal contra um veículo de transportes de valores, foi protagonizado por um grupo altamente organizado e, alegadamente, formado por estrangeiros com treino militar, que terão abandonado o País nas horas seguintes.
A Polícia Judiciária (PJ) continua com a investigação em aberto, mas tudo indica que está longe de identificar os profissionais que constituíam este grupo armado. BIGNEWSvp