BIGOpinião(MárioCosta)

 
MÁRIO COSTA*
 
 

PAZ ÀS ALMAS EMBRUTECIDAS

 
 
 
...isto, quando se junta a clubite com a politiquice, se adiciona a maledicência com a ignorância, a pobreza de espirito com a falta de princípios éticos, quando se promove os futebóis ao estrelato e um cientista a ilustre desconhecido, quando o amor à camisola dificilmente chega à fábrica e facilmente ao estádio, quando os impostos a uns são sacados ao cêntimo como se fosse sangue e a outros se lhes dá Porches e colossais vivendas, enquanto uns têm voz para gritar loucuras no estádio mas não levantam o pio para defender os espezinhados, enquanto o povo do meu pais andar a pastar entre Fátima e o Jamor, mamar consertos obscenos e não se importar com a "qualidade" do filho na escola... Enquanto os benficas, portos e sportings cheirarem a coirato, cerveja alarve e porrada na querida esposa, o meu País será mato pronto para fósforo. Nem com estes grandes clubes de "massas" a perderem tudo, os coitadinhos dos simpatizantes-pagantes... acordam. Paz a estas almas embrutecidas. EU RESOLVIA ISTO NUM DIA !!!  FAZIA UM BENFICA - PORTO SEM UM ÚNICO POLICIA... COMIAM-SE UNS AOS OUTROS, E NO OUTRO DIA O MEU PORTUGAL ESTAVA MAIS LIMPO...



 


*Mário Costa, detective privado.
 
 
 
 
MÁRIO COSTA*
 

PEIXE GATO POR GAROUPA OU A "ARTE" DE ENGANAR À MESA

 
Há dias fui almoçar a um restaurante especializado em peixe nas famosas Docas de Santo Amaro, em Lisboa.
Local aprazível, decoração cuidada, esplanada de luxo e dois pisos cheios de turistas, a abarrotar.
Consultei a ementa e vi filetes de garoupa, que adoro. Não resisti e pedi. Com arroz e salada 18 euros… Ia perdendo o apetite, mas andava com a garoupa atravessada…
Quando a dose chegou- eu tenho a mania de tirar logo a capa de ovo e farinha frita- fiquei a olhar para os filetes, cheirei-os, degustei e souberam-me a peixe-gato riscado que, às vezes, faço em casa…
Fiquei azul !!! Nem queria acreditar. Seria possível, ou estou a perder qualidades ?
Provei lentamente outra vez e, conhecedor que sou destes peixes, acalmei a raiva interna, bebi a imperial, e fiquei a pensar na quantidade de turistas que estavam a ser vigarizados.
Sítio central, bem frequentado quase exclusivamente por turistas de qualidade e por alguns, poucos, portugueses bem vestidos, assim enganados magistralmente por um comerciante sujo.
Nestas e noutras coisas, a experiencia diz-me que devo agir teatralmente… e pedi uma embalagem para guardar as sobras.
O empregado, supersimpático e solícito, voluntariou-se a ir pedir outro peixe se eu não estivesse a gostar dos filetes de garoupa… mas eu desculpei-me com a falta de apetite, e fui direitinho à ASAE levar os filetes mal baptizados, a conta, a foto do menu da mesa e do placard de ardosia publicitando a giz os famosos filetes, e o meu pedido de análise àquele filete de peixe que me foi servido.
É assim que se trata a velha galinha dos ovos de ouro, praticamente a única que ainda traz divisas ao País.
Pobre “ave” tão depenada, fruto destes oportunistas, mafiosos, que enriquecem com o jogo sujo do saber de muitíssimos anos a virar filetes…
Como sou curioso, nos dias seguintes comecei a descascar e a cheirar este negócio de enriquecer facilmente à custa de um sem número de outras vigarices, bem estudadas, aos incautos turistas, e descobri que este negócio, neste tipo de restaurantes, é que é a verdadeira galinha dos ovos de ouro.
Enquanto uns restaurantes lutam com o pratinho a 5 euros com IVA de 23 %, outros vivem a vender peixe-gato por peixe-garoupa a preço bem largo.
Acredito que este tipo de crime só terminará quando os hotéis de luxo, (que a troco de 6 euros de gratificação por cada “cabeça turística” enviada, e são milhares por mês), perceberem que os seus clientes não merecem ser assim enganados. 
A ASAE deveria lá ir almoçar e jantar uns dias seguidos e depois cruzar dados com as finanças.
Estes cancros deveriam ser estripados…
Esta economia paralela de milhões é que mata a nossa fé e a nossa esperança!
 
*Mário Costa, detective privado.
 
 
 
MÁRIO COSTA*

VINGANÇAS...






Como tenho idade suficiente para dizer o que penso, hoje vou descarregar o que me vai na alma relativamente a um chefe fardado de azul que me andou a prejudicar. E a me dar voltas às tripas. A história conta-se em poucas palavras. Há cerca de quatro anos, descobri que um bancário especializado em condomínios de luxo tinha oferecido um ninho de amor no centro de Lisboa ao chefe fardado de azul, casado e com duas crianças que lhe chamam pai. A doce e frágil da minha cliente, obviamente que no decorrer de alguma cena raivosa, lhe chapou na cara as verdades que o detective descobriu. Este pobre armário, ainda fechado, jurou vingança ao mensageiro, (é sempre assim), como se fosse eu que lhe guardasse as costas… E como é que eu cheguei a esta simples dedução? É que o oficial fardado de azul tem um bom amigo no sítio onde eu requeri uma licença desportiva, e estou há cerca de um ano à espera que ela seja desbloqueada… E nada… Não tenho dúvidas que é vingançazita pessoal. Já agora informo que me desinteressei pela licença. Quando eu necessitar de usar o objecto, (e oxalá que eu nunca necessite de semelhante “ferramenta”) vou a Sevilha e compro o ultimo modelo da marca que eu gosto, faço o que tenho a fazer e depois mando-a a banhos… Quem não tem cão, caça com gato… E há uma coisa que eu nunca farei: é estar distraído destes “pides” de meia tigela, armados em homens honrados de esposas tão carentes… e docentes. Perdi a licença, mas ganhei outras coisas bem melhores…
*Mário Costa, detective privado.
 


 
 




MÁRIO COSTA*






ESTA MINHA POBRE PÁTRIA
 
Esta minha pobre Pátria, é formada basicamente, e cada vez mais por  pobres.
Pobres de carteira, de mentalidade, de vergonha, pobres de vontade, de espirito, de inteligência, pobres de resiliência, de maturidade, de honradez, pobres de força, de visão, de verticalidade, pobres de ideais, de audácia, de tenacidade, pobres nos sorrisos em família, no beijo ao avô ou no tempo dedicado a ajudar nos trabalhos escolares dos filhos em casa…




Mas têm uma riqueza estranha nos centros comerciais de luxo, nos carros potentes estacionados, na má-língua mal afiada, nas muitas pausas para o cigarrinho e para enaltecer o Ronaldo ou o Mourinho, na riqueza de uma sexualidade mentirosa, de uma fidelidade mongoloide pelo partido ou pelo clube de futebol, de uma riqueza e dependência alarve pelas redes sociais, por uma riqueza de silêncios.
Fico confuso nesta dicotomia, e sinto-me um espectador dividido.
Vejo o português cada vez mais distante de tudo, apático.
Mas nem todos fazem parte deste rebanho magro.
Há dias fui ao velório da mãe de um amigo e fiquei chocado com o chorrilho de anedotas que ouvi.
Os amigos e familiares do meu amigo a 6 metros do caixão a gargalharem baixinho, não fosse o defunto ouvir… Tive de sair dali rapidamente. Fiquei desarmado. Como eles estavam felizes. Será que a velhota deixou fortuna?
Por azar o meu, parei no dia seguinte junto a um posto de ajuda SOS, numa autoestrada, e vi lá escondido um radar da polícia.
Fiquei ainda pior do que se tivesse a ouvir anedotas ao lado da casa mortuária, e pensei… que porcos, que porco sujo teria tido a ideia de fazer tal sacanagem aos vivos.
Desejei-lhe uma morte cheia de anedotas…
*Mário Costa, detective privado.


carlos tomás*


ONDE ESTÁ A VERDADE?

O que está em causa no processo Casa Pia é demasiado grave para se tomarem partidos. Está em causa o drama de vida de muitas crianças e jovens adolescentes, por um lado e a vida de pessoas condenadas contra as mais elementares regras da Justiça. Está em causa o comportamento de jornalistas, do aparelho judicial e político, deixando em causa todo o Estado de Direito. Enquanto cidadão, gostava muito que tudo o que se disse e escreveu sobre o caso Casa Pia fosse verdade. Ou seja, gostava que Carlos Cruz e os restantes arguidos tivessem sido detidos, acusados, julgados e condenados e que, no fim, não restasse a mais pequena dúvida de que tinham sido punidos os responsáveis pelo funcionamento de uma hedionda rede de pedofilia. Se isso tivesse acontecido, ficava contente.Porque podia dizer que vivia num Estado de Direito Democrático, onde as instituições funcionam e onde a Justiça era verdadeiramente justa. Haverá alguém que consiga dizer com certeza que os condenados ou os ilibados são efectivamente culpados ou inocentes? Não! E isto é que me faz sentir inseguro e assusta. Pactuar com esta (in)Justiça é, isso sim, criminoso. Lançaram-se suspeitas sem quaisquer provas e condenaram-se pessoas. Estaremos ou não perante a “ressonância da mentira”?





*Jornalista e Diretor do semanário "O Crime"



//Os artigos publicados não expressam, necessariamente, a opinião do blog e são da inteira responsabilidade dos autores.